Hipogonadismo feminino: será que preciso de tratamento hormonal?

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Você já ouviu falar em hipogonadismo feminino?

Essa condição ocorre quando o corpo da mulher não produz hormônios sexuais em quantidade suficiente, o que pode afetar desde o ciclo menstrual até a saúde dos ossos e o bem-estar emocional.

Muitas vezes, os sinais passam despercebidos ou são atribuídos a outras causas, atrasando o diagnóstico.

Nessas horas, surge a grande dúvida: será que preciso de tratamento hormonal?

Por isso, entender melhor como essa alteração funciona e quando a reposição pode ser indicada é o primeiro passo para cuidar da saúde de forma completa e com segurança.

O que é o hipogonadismo feminino e como ele afeta o organismo da mulher?

O hipogonadismo feminino é uma condição caracterizada pela produção insuficiente de hormônios sexuais pelos ovários, especialmente o estrogênio e a progesterona.

Essa deficiência pode ocorrer por alterações primárias nos ovários ou por falhas no eixo hipotálamo-hipófise, que regula a produção hormonal.

O hipogonadismo pode se manifestar em diferentes fases da vida, desde a adolescência, quando pode comprometer o desenvolvimento puberal, até a fase adulta.

Nesse caso, está relacionado a irregularidades menstruais, infertilidade, sintomas semelhantes aos da menopausa precoce, além de riscos aumentados para osteopenia e osteoporose devido à perda da proteção estrogênica sobre a saúde óssea.

Você quer saber quando a osteoporose é grave? Confira esse artigo completo em nosso blog!

Além dos efeitos sobre a reprodução, ressaltamos que a carência hormonal impacta o bem-estar físico e emocional, provocando sintomas como fadiga, alterações de humor, diminuição da libido e ressecamento vaginal.

Quais são as principais causas dessa condição?

O hipogonadismo feminino pode ter diferentes origens, envolvendo tanto alterações primárias nos ovários quanto disfunções em áreas do cérebro que controlam a produção hormonal.

Entre as principais estão:

  • Insuficiência ovariana primária: ocorre quando os ovários deixam de funcionar adequadamente antes do tempo esperado, podendo estar associada a menopausa precoce, causas genéticas (como a síndrome de Turner) ou danos provocados por quimioterapia e radioterapia;
  • Alterações no eixo hipotálamo-hipófise: situações em que o cérebro não envia os sinais adequados para estimular os ovários, como na síndrome de Kallmann, tumores hipofisários ou doenças crônicas graves;
  • Doenças autoimunes: algumas condições podem levar à destruição do tecido ovariano, comprometendo a produção de hormônios sexuais;
  • Fatores iatrogênicos: retirada cirúrgica dos ovários (ooforectomia) ou uso de determinados medicamentos que afetam diretamente a função hormonal;
  • Causas funcionais e metabólicas: distúrbios como anorexia nervosa, obesidade severa ou excesso de exercícios físicos também podem desregular o eixo hormonal, levando ao hipogonadismo.

Quais sinais e sintomas podem indicar hipogonadismo feminino?

O hipogonadismo feminino pode se manifestar de formas variadas, dependendo da idade em que surge e do grau de deficiência hormonal.

Entre os sinais mais comuns, destacamos:

  • Alterações menstruais: ciclos irregulares ou ausência de menstruação (amenorreia), que podem indicar falhas na produção hormonal;
  • Sintomas semelhantes à menopausa precoce: ondas de calor, suores noturnos e ressecamento vaginal, mesmo em mulheres jovens;
  • Infertilidade: dificuldade ou incapacidade de engravidar devido à ausência de ovulação regular;
  • Alterações ósseas: risco aumentado de osteopenia e osteoporose, já que o estrogênio é fundamental para a manutenção da massa óssea;
  • Impactos emocionais e cognitivos: fadiga persistente, queda na libido, dificuldade de concentração, irritabilidade e até sintomas depressivos;
  • Desenvolvimento sexual incompleto: quando o hipogonadismo ocorre ainda na adolescência, pode haver atraso ou ausência da puberdade, com pouca ou nenhuma formação de características sexuais secundárias, como desenvolvimento das mamas.

Como realizamos o diagnóstico dessa condição?

O primeiro passo é a análise da história clínica da paciente, incluindo sintomas como irregularidade ou ausência de menstruação, ondas de calor, infertilidade, diminuição da libido e sinais de osteopenia precoce.

O exame físico também nos auxilia na identificação de sinais como atraso no desenvolvimento puberal, alterações nas mamas ou nos pelos corporais.

Contudo, para confirmar a suspeita, solicitamos exames de sangue que medem os níveis de estradiol, progesterona, hormônio folículo-estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH).

Isso porque, a combinação entre baixos hormônios ovarianos e alterações nas gonadotrofinas permite diferenciar se a origem é primária (ovariana) ou secundária/terciária (hipotalâmica ou hipofisária).

Em algumas situações, podemos pedir também exames complementares, como cariótipo para investigar causas genéticas, ressonância magnética da hipófise ou densitometria óssea para avaliar o impacto na saúde dos ossos.

Toda mulher com hipogonadismo precisa de tratamento hormonal? Quais são as opções de tratamento disponíveis?

Nem toda mulher com hipogonadismo precisa obrigatoriamente de terapia de reposição hormonal.

A conduta dependerá da causa, da idade da paciente e da gravidade da deficiência hormonal.

Costumamos indicar o tratamento hormonal quando há sintomas significativos ou quando a deficiência pode gerar complicações, como perda de massa óssea, infertilidade ou risco cardiovascular aumentado.

Assim, a terapia mais comum é a reposição de estrogênio e progesterona.

A partir dela, buscamos restaurar os níveis hormonais adequados, regular o ciclo menstrual e proteger a saúde óssea e uterina.

Em mulheres jovens que ainda não completaram a puberdade, podemos incluir no tratamento doses progressivas de estrogênio para estimular o desenvolvimento das características sexuais secundárias.

Já nos casos em que o hipogonadismo está relacionado a falhas no eixo hipotálamo-hipófise, podemos envolver o uso de gonadotrofinas ou outros medicamentos para estimular a função ovariana.

Além disso, quando a mulher deseja engravidar, existem tratamentos específicos de indução da ovulação.

Qual é o papel da endocrinologista no acompanhamento dessas pacientes?

O acompanhamento de mulheres com hipogonadismo é essencial para garantir que a condição seja controlada da melhor forma e o papel da endocrinologista é central nesse processo.

A especialista é responsável por avaliar detalhadamente a função hormonal, identificar a causa subjacente do hipogonadismo e definir a necessidade de reposição hormonal ou outras intervenções.

Durante o tratamento, monitoramos a resposta da paciente à terapia, ajustamos doses conforme necessário, orientamos sobre prevenção de complicações e acompanhamos aspectos relacionados à fertilidade e bem-estar geral.

Além disso, oferecemos orientação sobre hábitos de vida saudáveis que podem auxiliar no equilíbrio hormonal.

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Essa supervisão é fundamental para que cada mulher receba um tratamento adequado às suas necessidades.

Assim sendo, para receber um cuidado personalizado, agende sua consulta com a Dra. Mariana Ataíde.

Tenha a segurança de contar com uma especialista comprometida com sua saúde e bem-estar!

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