Você quer saber como identificar a tireoidite de hashimoto?
Imagine sentir fadiga persistente, ganhar peso sem explicação ou enfrentar mudanças no humor sem entender o motivo.
Esses sinais podem estar ligados à tireoidite de Hashimoto, uma condição autoimune que afeta diretamente o funcionamento da tireoide.
Apesar de ser bastante comum, muitas pessoas convivem com os sintomas sem saber a real causa.
Portanto, conhecer essa doença, compreender seus sintomas e buscar o tratamento adequado são passos importantes para retomar o bem-estar no dia a dia.
O que é a tireoidite de Hashimoto e como ela afeta a tireoide?
A tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune caracterizada pela produção de anticorpos que atacam as células da glândula tireoide, levando a uma inflamação crônica e progressiva.
Esse processo faz com que o sistema imunológico, que normalmente protege o organismo contra agentes externos, reconheça equivocadamente a tireoide como uma ameaça.
Com o tempo, essa agressão constante compromete a capacidade da glândula de produzir adequadamente os hormônios tireoidianos, responsáveis por regular funções vitais.
Inicialmente, alguns pacientes podem manter níveis normais de hormônios devido à compensação da glândula.
Porém, à medida que a destruição avança, ocorre o hipotireoidismo clínico, manifestado por fadiga, ganho de peso, intolerância ao frio, entre outros sintomas.
De acordo com a American Thyroid Association (ATA), a tireoidite de Hashimoto é a principal causa de hipotireoidismo em países com adequada ingestão de iodo.
A condição é mais prevalente em mulheres, especialmente entre os 30 e 50 anos, embora possa ocorrer em qualquer idade e também em homens.
Quais são as principais causas dessa condição?
Entre as principais causas e fatores associados dessa condição, destacamos:
- Predisposição genética, já que a doença é mais comum em pessoas com histórico familiar de doenças autoimunes;
- Sexo e idade, sendo mais prevalente em mulheres, principalmente entre 30 e 50 anos;
- Exposição a fatores ambientais, como excesso de ingestão de iodo ou contato com radiação;
- Presença de outras doenças autoimunes, como diabetes tipo 1, lúpus ou vitiligo, que aumentam o risco de Hashimoto;
- Alterações hormonais, especialmente no período pós-parto, que podem desencadear ou agravar a inflamação da tireoide;
- Disfunções no sistema imunológico, que levam à produção de autoanticorpos contra proteínas da tireoide, como a tireoperoxidase (anti-TPO).
Quais são os principais sintomas que podem indicar essa condição?
Os sintomas da tireoidite de Hashimoto geralmente estão relacionados à redução progressiva da função da tireoide, já que a inflamação crônica leva ao hipotireoidismo ao longo do tempo.
Muitas vezes, o início é silencioso e os sinais surgem de forma lenta e inespecífica, o que pode dificultar o diagnóstico precoce.
Assim, é preciso estar atento aos seguintes sintomas:
- Fadiga e cansaço excessivo, mesmo após períodos de descanso;
- Ganho de peso inexplicável, associado à lentidão do metabolismo;
- Sensibilidade ao frio, devido à diminuição da termogênese corporal;
- Queda de cabelo e pele ressecada, refletindo a alteração hormonal;
- Inchaço no rosto e nas pálpebras, além de edema nas extremidades;
- Alterações no humor, como tristeza, irritabilidade e, em alguns casos, depressão;
- Dificuldade de concentração e memória prejudicada, sintomas cognitivos comuns no hipotireoidismo;
- Rouquidão e bócio (aumento da tireoide), que pode causar desconforto no pescoço;
- Menstruação irregular ou fluxo aumentado, impactando a saúde reprodutiva feminina.
Como realizamos o diagnóstico da tireoidite de hashimoto?
Primeiramente, consideramos os sintomas relatados pelo paciente, como cansaço, ganho de peso, intolerância ao frio, pele seca e alterações de humor, que podem indicar um possível quadro de hipotireoidismo decorrente da inflamação da tireoide.
Em seguida, solicitamos exames de sangue para analisar os níveis de hormônios tireoidianos (T3 e T4) e do hormônio estimulante da tireoide (TSH), que costumam estar alterados quando a glândula não funciona adequadamente.
Além disso, a presença de anticorpos antitireoidianos, como o anti-TPO e o anti-tireoglobulina, é um dos principais marcadores da doença, confirmando a natureza autoimune do distúrbio.
Em alguns casos, também realizamos o ultrassom da tireoide para avaliar alterações no tamanho e na textura da glândula, identificando sinais típicos da inflamação crônica, como hipoecogenicidade difusa.
O tratamento é sempre medicamentoso ou pode envolver apenas acompanhamento clínico?
Em muitos casos, quando o paciente apresenta níveis hormonais normais e não tem grandes queixas, não há necessidade imediata de medicação.
Dessa forma, fazemos o acompanhamento clínico regular com exames periódicos para monitorar a função da glândula.
Já quando o hipotireoidismo se instala, o tratamento medicamentoso passa a ser fundamental, geralmente com a reposição de hormônio sintético que substitui a produção insuficiente da tireoide.
Assim, normalizamos o metabolismo e reduzimos os sintomas.
Esse ajuste deve ser individualizado, considerando idade, peso, condições clínicas associadas e, em especial, situações como gravidez, em que o controle hormonal rigoroso é indispensável.
No nosso blog, temos um artigo completo sobre o tratamento para o hipotireoidismo, acesse para entender melhor!
De que forma a alimentação e o estilo de vida podem influenciar a evolução da doença?
Manter hábitos saudáveis ajuda a reduzir inflamações no organismo, fortalecer o sistema imunológico e controlar sintomas associados, como fadiga, ganho de peso e alterações no humor.
Uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras, proteínas magras e fontes de selênio e iodo em quantidades adequadas, pode contribuir para o bom funcionamento da tireoide.

Além disso, práticas como a atividade física regular, o controle do estresse e a boa qualidade do sono favorecem o equilíbrio hormonal e auxiliam na melhora da qualidade de vida dos pacientes.
Entretanto, lembramos que cada caso é único e exige acompanhamento especializado.
A endocrinologista tem papel central nesse processo, pois é a responsável por monitorar a função da tireoide, ajustar a necessidade de reposição hormonal quando indicada, orientar sobre os exames periódicos e oferecer recomendações personalizadas.
Esse cuidado garante que o tratamento seja seguro, prevenindo complicações a longo prazo e proporcionando maior bem-estar.
Assim sendo, se você busca um acompanhamento completo e humanizado para cuidar da sua saúde hormonal, agende uma consulta com a Dra. Mariana Ataíde.
Tenha a segurança de contar com uma especialista comprometida com a sua qualidade de vida!
