Prolactinoma e hiperprolactinemia: entenda o impacto nos ciclos menstruais e fertilidade

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Prolactinoma e hiperprolactinemia são condições que podem interferir diretamente na saúde hormonal da mulher.

O excesso de prolactina, muitas vezes causado por um tumor benigno na hipófise, pode levar a irregularidades menstruais, dificuldade para engravidar e outros sintomas que impactam o bem-estar e a qualidade de vida.

Por isso, identificar esses sinais precocemente e contar com acompanhamento especializado é fundamental para equilibrar os hormônios, restaurar a função reprodutiva e prevenir complicações.

Neste artigo, vamos explicar como essas condições se manifestam, como são diagnosticadas e quais opções de tratamento estão disponíveis.

Acompanhe!

O que é a hiperprolactinemia e como ela afeta o organismo feminino?

A hiperprolactinemia é a elevação anormal dos níveis do hormônio prolactina, produzido pela hipófise, glândula localizada na base do cérebro.

Esse hormônio é essencial na regulação da produção de leite materno, mas também influencia o ciclo menstrual e a fertilidade da mulher.

Quando os níveis de prolactina estão elevados, podem ocorrer alterações na secreção dos hormônios sexuais, como o estrogênio, resultando em ciclos menstruais irregulares ou até mesmo amenorreia (ausência de menstruação).

Além disso, a hiperprolactinemia pode causar infertilidade, dificuldade para engravidar e sintomas como secreção mamária fora do período de lactação (galactorreia), alterações no desejo sexual e até mesmo alterações ósseas em casos prolongados.

Diversas são as causas dessa condição, entre elas, destaca-se o prolactinoma, que é um tumor benigno da hipófise responsável pela produção excessiva desse hormônio. 

No entanto, outras situações também podem desencadear a elevação da prolactina, como o uso de determinados medicamentos, hipotireoidismo não tratado, alterações no eixo hipotálamo-hipófise e até mesmo situações fisiológicas, como gestação e lactação. 

Por isso, identificar a origem da hiperprolactinemia é fundamental para direcionar o tratamento adequado.

O que é o prolactinoma e de que forma ele se diferencia de outras causas de hiperprolactinemia?

O prolactinoma é um tumor benigno da hipófise responsável pela produção excessiva de prolactina, sendo a causa mais comum de hiperprolactinemia em mulheres em idade reprodutiva.

Esse tipo de adenoma pode variar em tamanho, sendo classificado como microadenoma, quando menor que 10 mm, e macroadenoma quando maior que 10 mm, sendo que o excesso de prolactina liberado pelo tumor interfere diretamente na função ovariana.

Isso provoca alterações nos ciclos menstruais, infertilidade e, em alguns casos, secreção de leite fora do período de lactação.

Assim, diferentemente de outras causas de hiperprolactinemia, o prolactinoma é uma condição estrutural, diagnosticável por exames de imagem.

Quer saber mais sobre as doenças da hipófise? Confira esse guia em nosso site!

Quais sintomas podem indicar excesso de prolactina no organismo?

Os sintomas de excesso de prolactina no organismo podem variar de acordo com o sexo, idade e intensidade da elevação hormonal.

Entre os principais sinais estão:

  • Irregularidade menstrual: ciclos menstruais espaçados, escassos ou ausência completa da menstruação (amenorreia);
  • Infertilidade: dificuldade para engravidar devido à interferência da prolactina nos hormônios sexuais;
  • Galactorreia: produção de leite fora do período de lactação, mesmo sem gravidez recente;
  • Diminuição da libido: redução do desejo sexual, frequentemente associada à baixa produção de estrogênio;
  • Alterações ósseas: perda de massa óssea ou osteopenia em casos de hiperprolactinemia prolongada, devido à deficiência de estrogênio;
  • Sintomas associados a prolactinomas maiores: em macroadenomas, pode haver dor de cabeça, alterações visuais ou pressão sobre estruturas próximas da hipófise.

Como é feito o diagnóstico do prolactinoma e da hiperprolactinemia? Quais exames solicitamos para confirmar a condição?

O diagnóstico do prolactinoma e da hiperprolactinemia é feito a partir de uma avaliação clínica detalhada considerando os sintomas apresentados e confirmado por exames laboratoriais e de imagem.

O primeiro passo é a dosagem sérica de prolactina, que permite identificar se os níveis do hormônio estão acima do valor de referência.

Em situações em que a prolactina está moderadamente elevada, é importante repetir a dosagem em jejum e em condições de repouso, pois fatores como estresse, exercícios físicos e uso de certos medicamentos podem interferir nos resultados.

Então, para diferenciar a causa da hiperprolactinemia, especialmente para identificar a presença de um prolactinoma, solicitamos geralmente uma ressonância magnética da hipófise.

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Esse exame nos permite visualizar tumores de diferentes tamanhos, desde microadenomas até macroadenomas, além de avaliar se há compressão de estruturas próximas.

Também podemos realizar outros exames laboratoriais para avaliar a função da tireoide, níveis de estrogênio e outros hormônios, ajudando a excluir causas secundárias de hiperprolactinemia, como hipotireoidismo ou uso de determinados medicamentos.

Quais são as opções de tratamento para o prolactinoma e para a hiperprolactinemia?

O tratamento do prolactinoma e da hiperprolactinemia tem como objetivo principal normalizar os níveis de prolactina.

A primeira linha de tratamento costuma ser medicamentosa, utilizando fármacos que reduzem a produção de prolactina e podem diminuir o tamanho do adenoma, quando presente.

O acompanhamento médico é fundamental para ajustar a dose conforme a resposta do organismo e monitorar efeitos colaterais.

Em casos específicos, como resistência à medicação ou presença de macroadenomas com compressão de estruturas vizinhas, podemos considerar a cirurgia para remoção do tumor.

A radioterapia é uma alternativa rara, geralmente reservada para situações em que nem a medicação nem a cirurgia apresentam resultados satisfatórios.

É possível engravidar após o tratamento do prolactinoma ou da hiperprolactinemia?

Sim, é possível engravidar após o tratamento do prolactinoma ou da hiperprolactinemia.

O controle adequado dos níveis de prolactina restaura a função ovariana e permite a ovulação regular, aumentando as chances de concepção.

Com acompanhamento próximo da endocrinologista, é possível monitorar a resposta ao tratamento, ajustar a dose das medicações e avaliar a saúde da glândula hipófise.

Isso garante que a fertilidade seja preservada e que a gestação ocorra de forma segura.

Reforçamos que mulheres que planejam engravidar devem manter acompanhamento contínuo, pois a endocrinologista orienta o momento ideal para interromper ou ajustar o tratamento, garantindo equilíbrio hormonal e segurança para mãe e bebê.

Assim sendo, se você apresenta sintomas como irregularidades menstruais, dificuldade para engravidar ou alterações hormonais, não adie a busca por ajuda especializada.

Agende sua consulta com a Dra. Mariana Ataíde e conte com um atendimento personalizado para cuidar da sua saúde de forma integral e segura.

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