A osteopenia é uma condição caracterizada pela diminuição da densidade mineral dos ossos, que ainda não é grave como a osteoporose, mas já indica um enfraquecimento que merece atenção.
Muitas vezes silenciosa, ela pode evoluir e aumentar o risco de fraturas.
A boa notícia é que, com diagnóstico precoce e acompanhamento, é possível estabilizar ou até reverter esse quadro.
Entenda melhor neste artigo!
O que é osteopenia? Qual a diferença entre osteopenia e osteoporose?
A osteopenia caracteriza-se pela redução da densidade mineral óssea, ou seja, os ossos se tornam menos densos do que o normal, mas ainda não atingem o grau de fragilidade observado na osteoporose.
Trata-se de um estágio intermediário entre a massa óssea considerada saudável e a osteoporose.
Assim, enquanto a osteoporose é reconhecida como uma doença com alto risco de complicações, a osteopenia é considerada um sinal de alerta.
Ou seja, uma oportunidade de intervenção precoce para evitar a progressão da perda óssea.
No nosso blog, temos um artigo para você que quer saber quando a osteoporose é grave, acesse para saber mais!
O que pode levar uma pessoa a desenvolver essa condição?
Diversos fatores podem contribuir para a redução da densidade óssea, e entender o que pode levar uma pessoa a desenvolver osteopenia é essencial para prevenir a progressão da doença e evitar complicações futuras. Saiba mais:
- Envelhecimento: com o passar dos anos, a densidade óssea naturalmente diminui, principalmente após os 50 anos;
- Menopausa: a queda nos níveis de estrogênio nas mulheres após a menopausa acelera a perda de massa óssea;
- Alimentação pobre em cálcio e vitamina D: a deficiência desses nutrientes prejudica a formação e manutenção dos ossos;
- Sedentarismo: a falta de atividade física, especialmente exercícios com impacto ou resistência, reduz o estímulo ao fortalecimento ósseo;
- Tabagismo: o cigarro afeta o metabolismo ósseo, reduzindo a densidade mineral dos ossos;
- Consumo de álcool: o uso crônico de álcool interfere na absorção de cálcio e na formação óssea;
- Uso prolongado de certos medicamentos: corticoides, anticonvulsivantes e inibidores da bomba de prótons podem afetar a saúde óssea;
- Histórico familiar de osteoporose ou fraturas: a genética tem forte influência na densidade óssea;
- Baixo peso corporal ou distúrbios alimentares: pessoas muito magras têm maior risco de desenvolver osteopenia;
- Doenças crônicas: Condições como hipertireoidismo, doenças inflamatórias intestinais e insuficiência renal podem interferir na saúde óssea.
A osteopenia apresenta sintomas? Quais?
A osteopenia geralmente não apresenta sintomas perceptíveis, sendo considerada uma condição silenciosa.
Entretanto, em alguns casos mais avançados ou quando há progressão para osteoporose, podem surgir sinais indiretos.
Entre eles, estão:
- Fraqueza óssea discreta: algumas pessoas relatam sensação de fragilidade nos ossos;
- Fraturas em casos mais avançados: embora mais associadas à osteoporose, pequenas fraturas podem ocorrer em ossos enfraquecidos, especialmente após quedas leves ou traumas mínimos;
- Diminuição da estatura (em estágios posteriores): quando a osteopenia evolui para osteoporose, pode haver perda de altura ou curvatura da coluna, decorrente de fraturas vertebrais por compressão.
Por ser uma condição que não apresenta sintomas iniciais, é fundamental realizar o acompanhamento médico regular para diagnosticar e tratar a osteopenia precocemente, evitando sua progressão para osteoporose e complicações associadas.
Como realizamos o diagnóstico dessa condição?
O diagnóstico da osteopenia é feito, principalmente, por meio do exame de densitometria óssea.
Esse exame é indolor, rápido e utiliza baixa radiação para medir a quantidade de cálcio nos ossos, geralmente nas regiões do quadril e da coluna lombar, que são mais suscetíveis à perda óssea.
O resultado é expresso em um índice chamado T-score, que compara a densidade óssea do paciente com a de um adulto jovem saudável.
Um T-score entre -1,0 e -2,5 indica osteopenia, enquanto valores abaixo de -2,5 confirmam o diagnóstico de osteoporose.

Ademais, podemos solicitar exames laboratoriais para investigar possíveis causas secundárias da perda óssea, como alterações hormonais, deficiência de vitamina D ou cálcio, ou doenças metabólicas.
Quais são os tratamentos mais indicados para osteopenia?
O tratamento da osteopenia tem como principal objetivo prevenir a progressão para osteoporose e reduzir o risco de fraturas.
A abordagem inicial costuma incluir uma alimentação rica em cálcio, suplementação de cálcio e vitamina D quando necessário, prática regular de exercícios físicos com impacto e resistência, além da cessação do tabagismo e redução do consumo de álcool.
Geralmente, indicamos medicamentos para fortalecimento ósseo de forma rotineira em casos de osteopenia, sendo reservados para pacientes com maior risco de fraturas.
Para fazer essa avaliação, utilizamos ferramentas como o FRAX, que calcula a probabilidade de fratura com base em diversos fatores clínicos.
Além disso, a prevenção da osteopenia é fundamental e pode ser feita por meio de hábitos saudáveis e acompanhamento médico regular.
Manter uma alimentação rica em cálcio e vitamina D, praticar atividades físicas com impacto e resistência (como musculação ou pilates), evitar o cigarro, moderar o consumo de álcool e manter o peso corporal adequado são medidas fundamentais para preservar a saúde óssea ao longo da vida.
Além disso, a exposição solar moderada auxilia na síntese de vitamina D, essencial para a absorção do cálcio pelo organismo.
Como mencionamos, a osteopenia é silenciosa e, muitas vezes, só é descoberta após um exame de rotina.
Por isso, não espere os sinais aparecerem para cuidar da sua saúde óssea.
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