Está em busca de mais informações sobre o que é doença de Cushing?
Essa condição é causada por níveis cronicamente elevados de cortisol, o principal hormônio do estresse, e pode ter causas variadas, algumas delas bastante sérias.
Quando não diagnosticada e tratada adequadamente, a doença de Cushing pode levar a complicações significativas para a saúde.
Por isso, o reconhecimento precoce dos sinais é essencial para garantir o controle e a qualidade de vida do paciente.
Neste artigo, explicamos de forma clara tudo o que você precisa saber sobre essa condição: causas, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento!
O que é a doença de Cushing?
A doença de Cushing é caracterizada pelo excesso de cortisol no organismo.
O cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas adrenais, localizadas acima dos rins, e exerce funções importantes no corpo, como regulação da pressão arterial, metabolismo da glicose e resposta imunológica.
No entanto, quando está presente em níveis elevados por longos períodos, pode causar uma série de alterações no organismo.
Na doença de Cushing, esse excesso de cortisol é provocado por um tumor benigno na glândula hipófise, localizada na base do cérebro.
Esse tumor produz quantidades excessivas de ACTH, um hormônio que estimula as adrenais a produzirem mais cortisol, levando à desregulação hormonal.

Qual a diferença entre a doença de Cushing e a síndrome de Cushing?
Embora os termos sejam frequentemente usados como sinônimos, existe uma diferença importante entre a doença de Cushing e a síndrome de Cushing.
A síndrome de Cushing é o nome dado ao quadro clínico causado pelo excesso de cortisol no organismo, independentemente da origem. Já a doença de Cushing, especificamente, ocorre devido a um tumor benigno na hipófise (adenoma hipofisário), que leva à produção aumentada do hormônio ACTH, estimulando as glândulas adrenais a produzirem cortisol em excesso.
Ou seja, toda doença de Cushing é uma síndrome de Cushing, mas nem toda síndrome é causada pela doença hipofisária. Essa distinção é fundamental para o diagnóstico preciso e a definição do melhor tratamento.
A síndrome de Cushing pode ter várias origens, sendo as principais:
- Uso prolongado de medicamentos corticoides: é a causa mais comum e está associada ao tratamento de doenças inflamatórias ou autoimunes com corticoides em altas doses;
- Tumor hipofisário (adenoma produtor de ACTH): quando se fala em “doença de Cushing” no sentido estrito, refere-se a essa causa específica;
- Tumores adrenais: podem ser benignos ou malignos e produzem cortisol em excesso diretamente;
- Tumores ectópicos produtores de ACTH: são tumores localizados fora da hipófise (geralmente no pulmão) que também podem estimular a produção de cortisol pelas adrenais.
A identificação da causa é essencial para direcionar o tratamento de forma adequada.
Quais são os sintomas da doença de Cushing?
Os sinais e sintomas da doença de Cushing se desenvolvem lentamente e podem ser confundidos com outras condições clínicas. Entre os mais comuns, destacam-se:
- Ganho de peso, especialmente no abdômen, rosto e parte superior das costas;
- Face arredondada (também chamada de “face em lua cheia”);
- Acúmulo de gordura na região cervical posterior;
- Fraqueza muscular, principalmente nas pernas;
- Hipertensão arterial;
- Diabetes ou pré-diabetes;
- Alterações na pele, como afinamento, hematomas fáceis, estrias arroxeadas;
- Aumento de pelos corporais em mulheres (hirsutismo);
- Distúrbios menstruais;
- Osteoporose e fraturas espontâneas;
- Alterações de humor, como irritabilidade, depressão ou ansiedade.
Esses sintomas variam em intensidade e podem surgir de forma insidiosa, dificultando o diagnóstico precoce.
Como é feito o diagnóstico da doença de Cushing?
O diagnóstico da síndrome e da doença de Cushing envolve uma combinação de exames laboratoriais e de imagem, além de uma avaliação clínica detalhada realizada por um endocrinologista. Os principais exames incluem:
- Cortisol livre urinário (24 horas): mede o cortisol eliminado pela urina ao longo de um dia;
- Dosagem de cortisol salivar à meia-noite: útil para avaliar a perda do ritmo circadiano normal do cortisol;
- Teste de supressão com dexametasona: avalia se o organismo consegue reduzir a produção de cortisol diante de uma substância que simula seu efeito.
Se o excesso de cortisol for confirmado, são necessários exames de imagem como ressonância magnética da hipófise ou tomografia das adrenais para identificar a origem do problema.
Quais são os tratamentos para a doença de Cushing?
O tratamento depende da causa identificada. Quando há tumores hipofisários ou adrenais, a cirurgia é, na maioria dos casos, o tratamento de escolha. A abordagem pode envolver:
- Cirurgia transesfenoidal (para tumores hipofisários);
- Adrenalectomia (retirada das glândulas adrenais);
- Radioterapia, quando a cirurgia não é possível ou não é curativa;
- Tratamento medicamentoso, com drogas que reduzem a produção ou os efeitos do cortisol;
- Monitoramento e controle das comorbidades, como hipertensão, diabetes e osteoporose.
Em alguns casos, o tratamento é curativo. Em outros, é necessário controle a longo prazo e acompanhamento contínuo.
Quais são as complicações da doença de Cushing?
Se não tratada, a doença de Cushing pode levar a complicações sérias e até fatais, como:
- Doenças cardiovasculares (hipertensão, infarto, AVC);
- Diabetes mellitus tipo 2;
- Infecções recorrentes, devido à imunossupressão causada pelo excesso de cortisol;
- Osteoporose severa e fraturas espontâneas;
- Alterações cognitivas e emocionais, como depressão e ansiedade crônica;
- Redução da qualidade de vida e incapacidades funcionais.
Por isso, o tratamento adequado e o acompanhamento médico são fundamentais para prevenir esses desfechos.
Quando procurar uma endocrinologista?
Entender o que é doença de Cushing é essencial para identificar seus sinais e buscar ajuda médica o quanto antes.
Trata-se de uma condição séria, mas que tem tratamento e, em muitos casos, cura.
Se você apresenta sintomas persistentes e progressivos, como ganho de peso incomum, alterações na pele, pressão alta de difícil controle, fraqueza muscular e alterações menstruais, é importante buscar avaliação especializada.
O diagnóstico precoce pode fazer a diferença no prognóstico e evitar complicações mais graves.
O acompanhamento com uma endocrinologista experiente permite não apenas controlar a doença, mas também promover bem-estar, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida.
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