O que é Diabetes do tipo 2 é uma dúvida comum entre pessoas que começam a apresentar alterações na glicemia ou têm histórico familiar da doença.
Essa condição metabólica crônica afeta milhões de brasileiros e é um dos principais problemas de saúde pública no mundo.
Segundo a Federação Internacional de Diabetes, a prevalência do diabetes no Brasil é estimada em 10,5% da população. Dentro desse cenário, a maior parte dos casos corresponde ao diabetes tipo 2.
O diabetes tipo 2 tem impacto direto na qualidade de vida e, quando não tratado adequadamente, pode levar a complicações graves.
Por isso, o diagnóstico precoce, o tratamento individualizado e o acompanhamento médico contínuo são fundamentais para o controle da doença.
Neste artigo, falamos mais sobre o que é o diabetes tipo 2, seus sintomas, causas, formas de tratamento e quando procurar um especialista.
O que é diabetes do tipo 2?
O diabetes tipo 2 é uma doença metabólica crônica caracterizada pela resistência à insulina e/ou pela diminuição da produção de insulina pelo pâncreas.
A insulina é um hormônio essencial para permitir a entrada da glicose nas células, onde ela é utilizada como fonte de energia.
Quando esse processo falha, a glicose se acumula no sangue, levando à hiperglicemia, que é a elevação da glicose sanguínea.
Esse quadro pode prejudicar o funcionamento de diversos órgãos ao longo do tempo, como olhos, rins, coração, nervos e vasos sanguíneos.
Além disso, o excesso crônico de glicose no sangue contribui para processos inflamatórios e para o envelhecimento precoce das células, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, infartos, derrames e complicações renais.
Essa forma de diabetes é a mais comum, representando cerca de 90% dos casos da doença, e tende a se desenvolver de forma lenta e silenciosa.
Muitas pessoas descobrem a condição apenas após a ocorrência de uma complicação ou em exames de rotina.
Quais são os fatores de risco para diabetes tipo 2?
O desenvolvimento do diabetes tipo 2 está relacionado a uma combinação de fatores genéticos e comportamentais. Os principais fatores de risco incluem:
- Histórico familiar de diabetes tipo 2;
- Sobrepeso ou obesidade, especialmente com acúmulo de gordura abdominal;
- Sedentarismo;
- Alimentação rica em açúcares simples e gorduras;
- Hipertensão arterial;
- Colesterol elevado;
- Síndrome dos ovários policísticos (SOP);
- Idade acima de 45 anos, embora a doença esteja cada vez mais presente em jovens e até crianças;
- Diabetes gestacional em gestações anteriores.
A presença de um ou mais desses fatores não significa que a pessoa terá diabetes, mas aumenta significativamente o risco.
Quais são os sintomas do diabetes tipo 2?
Os sintomas do diabetes tipo 2 podem ser sutis e muitas vezes passam despercebidos no início da doença.
Por isso, o rastreamento periódico em pessoas de risco é essencial. Os principais sinais incluem:
- Sede excessiva (polidipsia);
- Fome frequente (polifagia);
- Urina em grande quantidade (poliúria);
- Cansaço constante;
- Visão embaçada;
- Perda de peso não intencional;
- Infecções de repetição, como infecções urinárias e fúngicas;
- Cicatrização lenta de feridas.
Ao notar esses sintomas de forma persistente, é fundamental procurar avaliação médica.
Como é feito o diagnóstico do diabetes tipo 2?
O diagnóstico do diabetes tipo 2 é feito por meio de exames laboratoriais simples, mas que devem ser solicitados e interpretados por um médico. Os principais testes são:
Glicemia de jejum
Diabetes é diagnosticado quando a glicemia está ≥ 126 mg/dL em duas ocasiões.
Hemoglobina glicada (HbA1c)
Reflete os níveis médios de glicose nos últimos 3 meses. Um valor ≥ 6,5% sugere diabetes.
Teste oral de tolerância à glicose (curva glicêmica)
Especialmente útil em casos duvidosos ou para diagnóstico em gestantes.
Além disso, é importante avaliar a presença de comorbidades e sinais de complicações já instaladas.
Como é o tratamento do diabetes tipo 2?
O tratamento do diabetes tipo 2 é individualizado e tem como objetivo manter a glicemia sob controle, evitar complicações e promover bem-estar. As abordagens incluem:
Alimentação saudável
Uma dieta equilibrada, com redução no consumo de açúcares simples e carboidratos refinados, é essencial.
O acompanhamento com nutricionista pode fazer toda a diferença.
Atividade física regular
A prática de exercícios melhora a sensibilidade à insulina e contribui para o controle do peso corporal, além de melhorar o humor e a qualidade do sono.
Medicamentos orais
Em muitos casos, o uso de medicamentos como metformina é indicado para melhorar a ação da insulina e controlar os níveis de glicose no sangue.
Insulina
Quando os medicamentos orais não são suficientes ou em fases mais avançadas da doença, pode ser necessário iniciar a insulinoterapia.
Monitoramento da glicemia
Fazer o controle frequente da glicose ajuda o paciente e o médico a ajustarem o tratamento e evitar crises de hiperglicemia ou hipoglicemia.
O diabetes tipo 2 tem cura?
O diabetes tipo 2 é uma condição crônica, mas que pode ser controlada com sucesso.
Em alguns casos, principalmente com perda de peso significativa e mudanças intensas no estilo de vida, é possível alcançar a remissão, ou seja, manter níveis normais de glicose sem o uso de medicamentos.
No entanto, isso exige comprometimento contínuo e acompanhamento médico regular.

Quais são as complicações do diabetes tipo 2?
Quando não controlado, o diabetes tipo 2 pode levar a complicações sérias, como:
- Retinopatia diabética, que pode levar à cegueira;
- Nefropatia diabética, afetando os rins e podendo evoluir para diálise;
- Neuropatia periférica, com perda de sensibilidade nos pés e risco de úlceras;
- Pé diabético, com risco de infecções graves e amputações;
- Infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC);
- Disfunção erétil e problemas sexuais.
A boa notícia é que essas complicações podem ser evitadas com controle adequado da glicemia e dos fatores de risco associados.
Quando procurar uma endocrinologista?
Entender o que é diabetes do tipo 2 é o primeiro passo para prevenir, diagnosticar e tratar essa condição tão prevalente.
Se você tem fatores de risco, sintomas sugestivos ou já foi diagnosticado com diabetes tipo 2, é essencial contar com o acompanhamento de uma endocrinologista.
Com o apoio médico adequado, mudanças no estilo de vida e o uso correto dos medicamentos, é possível viver bem, com saúde e qualidade de vida.
A Dra. Mariana Ataíde oferece um atendimento humanizado e baseado em evidências científicas, com foco no cuidado integral da saúde hormonal e metabólica.
Não ignore os sinais — cuide da sua saúde hoje para evitar complicações sérias no futuro!